sábado, 15 de março de 2008

Já e ainda


Já fiz as malas e parti para longe passados minutos.
Já provei as minhas lágrimas e confirmei (várias vezes) que não gosto de sal.
Já me ofereceram a lua.
Já fiquei tonta com um beijo.
Já me fizeram uma serenata.
Já doei o meu coração e, estranhamente, fiquei mais viva...
Já dancei à chuva.
Já me abraçaram como se não houvesse mais abraços para dar. E ainda havia tantos...
Já me apaixonei ao primeiro olhar.
Já me desencantei ao segundo.
Já plantei uma árvore e quase escrevi um livro.
Já me disseram que o meu sorriso é uma dádiva.
Já me doeu o corpo por este não estar abraçado a outro (em particular...).
Já dancei de olhos vendados.
Já vi nascer o sol numa praia de outro continente.
Já me sentir desfazer por dentro e permanecer incólume por fora.
Já me emocionei com emoções que depois se tornaram minhas.
Já chorei de alegria.
Ainda...
Ainda não fiz ou senti um terço das coisas que me passam pela minha cabeça.

(Continuo a querer abraçar o mundo. Mas quero abraçar-te também a ti... Abres os braços?)

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