sábado, 15 de março de 2008

(Des)Encontros


Hoje, quando acordei, a cama estava vazia.
Chamei por ti. Não respondeste.
Pensei que pudesses estar afónico, por isso levantei-me e corri pela casa à tua procura.
Não te encontrei.
Procurei debaixo da cama (podias estar a fazer um dos teus jogos e estares simplesmente à espera que eu sentisse a tua falta por uns momentos, para depois apareceres, passares os teus braços à minha volta e dizeres: “Achas mesmo que eu ia a algum lado?”).
Não te encontrei.
Saí de casa, corri pela rua e continuei à tua procura.
Virei por uma rua estreita porque pareceu-me sentir o teu cheiro.
Que tola, não sou um perdigueiro e o motivo pelo qual senti o teu cheiro é porque ele continua entranhado em mim.
Vi umas escadas e subi os enormes e numerosos degraus até chegar pertinho do céu.
Seria o sítio ideal para tu estares - pensei eu – já que andas sempre nas nuvens.
Quando cheguei ao topo, percebi que não estavas lá.
Percebi também que tu podes andar sempre nas nuvens, mas que sou eu que ando sempre perto do céu.

Percebi que não te encontrei. Mas a verdade é que não faço ideia se te perdi...

(Procuras-me?)

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