sábado, 15 de março de 2008

Há pessoas...


Há pessoas que entram nas nossas vidas e que nunca mais dela saem.
Umas chegam de mansinho, enquanto outras são mais ousadas e que, tal como a chuva tropical, chegam de repente, sem qualquer anúncio prévio.
Tal como a chuva, muitas delas partem tão rápida e intensamente como chegaram.
Outras, apesar da sua aparição repentina, permanecem na nossa vida para sempre.
Estas últimas são como um presente inesperado, embrulhado em várias camadas de papel e envolto em bolinhas de esferovite.
À medida que os vamos abrindo, vamos descobrindo uma nova história, um pequeno mistério, um grande sorriso. E juntos, criamos um conto.
Há pessoas que chegam de mansinho e que entram na nossa vida discretamente (tão discretamente que, por vezes, só quando se vão embora é que nós nos apercebemos que elas sempre cá estiveram).
Há pessoas que nos fazem rir, que nos ouvem, que nos estendem a mão (mesmo quando pensamos estar num local inalcançável), que nos inspiram, que nos fazem querermos ser melhores pessoas, que nos abraçam, beijam e que nos compreendem em silêncio.
Há pessoas que, pura e simplesmente, chegam. E nunca chegam a sair.

Sei que tu não és como a chuva dos trópicos. Chegaste de mansinho. Ficaste. E eu fiquei também. Para o que der e vier.

(É tão contraditório dizer-te “adeus”…)

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